sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cinemateca!


Buenas!


Hoje, como de costume fui ao Cinema. Entre as escolhas estavam “Inimigos Públicos”,“ Harry Potter e o Príncipe Mestiço” e “À Deriva”. Li esses dias uma crítica muitíssimo boa do À Deriva, então decidi assisti-lo, e posso lhes dizer que não me arrependi em momento algum na escolha. Fato é que sou fã nº1 da saga Harry Potter, mas além, disso tudo o ator Vicent Cassel é um dos protagonistas do filme, junto a Deborah Bloch que faz o papel de sua mulher.Literalmente e com a boca cheia posso dizer e assumir que, esse é o filme do ano.


Além de que ele foi indicado ao festival internacional de CANNES, o filme é uma produção nacional para o espanto de muitos que torcem as “narinas” para o cinema brasileiro. A mistura de realidade misturada com fantasia, À Deriva é um filme contagiante desde a sua trilha sonora espetacularmente escolhida a dedo, a fotografia, o vestuário e claro a locação do filme que foi feita em terras brasileiras e sem dúvidas, é deslumbrante. O filme faz com que identifiquemos coisas do cotidiano de qualquer pessoa, pois quem nunca ouviu falar em traição, já traiu ou conviveu com a traição e não pode fazer absolutamente nada, se identificará muitíssimo com o filme. A relação entre realidade e cinema, é claramente demonstrada no filme que trás na sua história aquela velha e clássica história de um casamento mal sucedido, com filhos perfeitos, casa na praia, amigos, família e conforto tudo isso em algum determinado momento do filme vem a desmoronar, já que o casal está enfrentando uma crise e tenta superá-la de qualquer forma possível. Pois aqueles que sofrem mais com tudo isso são sem sombra de dúvidas os filhos, que sem culpa nem malícia acabam levando a pior sempre. Ou estou errado?


O filme busca entender e explicar como as crianças perdem a inocência e deixam o conto de fadas de lado, dando abertura para a vida real entrar e acabar com elas. Medo, de talvez sofrer igual aos pais, receio em ser igual a eles, até porque sabemos que a criança toma os pais como o maior exemplo para si próprio. Engana-se àquele que diz que o filme será mais um besteirol brasileiro jogado nas telonas, mas acredito que a mistura euro-brasileira, se é que podemos chamar essa nova geração que vem ganhando o espaço nos grandes cinemas, ao invés daquela chatice americana com efeitos, meio intrigante e final deslumbrante. Cansei de tudo isso, e faz tempo, mas há quem ainda goste dos filmes hollywoodianos a um bom cinema europeu. Posso citar vários filmes europeus que são ótimos e não deixam a desejar. Voltando ao assunto principal que é o filme, risos, a escolha da roupa dos personagens é feita por Alexandre Herchcovitch, o grande imperador da moda brasileira, que não sai por baixo como tudo que é produzido por ele mesmo. Mistura de anos 80, com pitada de anos 90 o diretor Heitor Dhalia tenta retratar que julgarmos antes as pessoas não é um bom ato a ser feito, antes de conhecermos as causas na qual nos levam a fazer tal tipo de julgamento. Pelo o meu ponto de vista, o filme passa uma mensagem clara, que é adorar a tudo o que lhe faz bem, antes que perceba que é tarde demais para voltar atrás e reconquistar aquilo que já foi perdido. Não há críticas a serem feitas ao filme, tanto a presença ilustre de um ator que anda ganhando um espaço reservado em mim e nas telonas (não, eu não estou apaixonado por Vicent). Até por que ele é casado e muito bem casado obrigado, risos. A sua forma em se expressar é mais do que esperada por muitos, que pensavam que o “português” do ator iria falhar em cena e posso lhes garantir que ele fala como um legítimo brasileirinho.


Vale à pena conferir nos cinemas o lançamento do diretor Heitor Dhalia, o mesmo diretor de “O Cheiro do Ralo”. O filme deixará você pensando se ele terá continuação. Pode apostar que é uma boa escolha.




Rafael.

Nenhum comentário:

Postar um comentário