sábado, 14 de novembro de 2009

Liberdade de Expressão!



Uma faculdade brasileira com o pé no talibã


O Episódio ocorrido na Universidade Uniban, na semana passada, faz lembrar o uso do bom senso que hoje não mais habita os camps das universidades, meninas trajando roupas curtas ou quase seminuas, traz à tona a preocupação do olhar sobre a figura feminina.
Correto é afirmar que o abuso da universitária Geisy Arruda fez para com os demais, é absurdo, pois o ambiente, além de estudantil é de respeito. No entanto, toda ação tem a sua devida reação, e essa reação partiu dos próprios estudantes, a universidade nada mais é uma Instituição de Ensino, e não uma passarela da moda, que proporciona desfile de alto e baixo calão, pois leva a todos crer que a liberdade de expressão seja confundida com libertinagem na expressão. Abuso melhor dizendo.

Praticamente, estamos convivendo com o uso da imagem negativa da mulher, que ao invés de pedir o respeito e a igualdade social, provoca tal tumulto em determinados ambientes, sujeitando-se e limitando-se ao uso do pouco pano ou do apelo para conseguir o devido espaço dentro de uma sociedade.

Essa, sem sobra de dúvida é uma visão da faculdade e de seus “advogados”, ao contribuírem para o julgamento de valores, que os colegas de Geisy fizeram sobre ela e seu micro vestido vermelho/rosa.

Tenho uma visão diferente

Embora a atitude da Universidade tenha sido precipitada, a expulsão da aula Geisy só contribui para uma única visão e a pior: o machismo. A total liberdade de expressão faz-se igual a todos aqueles estudantes da Unitalebaan (referência ao Talibã), estejam eles trajados adequadamente para irem à aula, nada justifica a atitude ridícula dos alunos, que acharam por alguns segundos agredirem verbalmente a estudante.


Atitude essa que preocupa, até mesmo pela amplitude que obteve, então faço a pergunta: porque o respeito da figura feminina se perde no meio de um micro vestido?

O Uso de um traje curto aos olhos daqueles estudantes parece algo imoral, e não digno de tolerância, no entanto, essa tolerância é esquecida à medida que os abutres saem à caça de alguém indefeso e frágil.

A acusação feita em base de um traje é simplesmente algo intolerável, já que estamos em um pais Latino e não no Oriente Médio, no qual as mulheres são tratadas como criminosas ao usar algo além da burca.

O Desrespeito da Universidade para com a estudante foi a pior parte desse acontecimento, pois a falha na segurança prometida teve de fazê-la sair do local de estudo, não só escoltada pela polícia militar, mas igual a um criminoso, dando apoio total para balburdia e a atitude desumana, daqueles que dizem ser o futuro do nosso país.

Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.” – William Shakespeare

sábado, 7 de novembro de 2009

Blog vs Jornalista.



Blogueiro não é Jornalista, mas funciona como uma ferramenta para o jornalismo


Blogueiros não podem ser considerados como jornalistas, porque se formos parar pára analisar, o blog é uma ferramenta, não um jornal. Existem claro, blogs de jornalistas, que levam a sério a sua função de não apenas criar um “diário online”, mas transmitir a informação correta. O Blog ajuda, e até às vezes atrapalha na busca da veracidade da informação “postada”, pois não há a mesma hierarquia que existe na mídia impressa ex; pauteiro, repórter, redator, chefe de reportagem, editor e fechador. Alguns já têm ou tiveram um blog, seja por diversão ou a trabalho.

A função do blog é oferecer diversidade de informação, ou, simplesmente um diário na internet, que propõe discussão aberta sobre diversos assuntos; notícia de bolo, a balada mais comentada da cidade, um diário virtual e etc. Por isso, podemos denominar um blog como ferramenta não oficial de um jornalista, mesmo que, a profissão não exija o diploma para ser exercida.

Com a disponibilidade e diversidade de informação rápida que a internet oferece o jornalista, não é considerado como o único que pode divulgar ou trazer furos de reportagens relevantes, diferentes e diversas. O blogueiro também pode exercer essa função. Mas até quando a população poderá confiar nas informações passadas por eles? Claro, o jornalista também é humano e erra, mas checa diversas fontes, antes de direcionar o seu trabalho para a população, até pelo o fardo que carrega nas costas.

O Papel do Jornalista e o do Blogueiro são totalmente diferentes, um exerce sua função para formar opinião, propõe reflexão e segue uma conduta rígida de ser imparcial, já o outro não tem de ser imparcial, faz o que realmente deseja e põe sua opinião seja crítica ou opinativa

O crescimento dos blogs pode assustar, mas a liberdade de expressão do pensamento humano só tende a crescer, por isso, acreditamos que esse possa ser o móvito do crescimento dos diários virtuais. Um blogueiro não é pior nem, melhor que um jornalista, mas há todo um estudo, embasamento e pratica por trás da profissão que ao menos é ensinado hoje no curso das faculdades. A liberdade para a elaboração dos textos que serão publicados pelos os jornalistas, não é a mesma liberdade que um blogueiro tem ao seu favor, até mesmo porque os blogs não necessariamente precisam seguir rigidamente uma ética profissional, igual a um jornalista. O jornalista tem que ser imparcial, não podendo se deixar levar pelas suas crenças e opiniões.

A população pode aprender sim com as informações publicadas em um blog seja ele de um jornalista ou de um amador, mas a veracidade da informação e as opiniões serão diferentes; o blog tem sua essência conhecida como “liberdade de opinião”, já o jornalista “formador de opinião e orientador de uma sociedade”. A mesma hierarquia que há no jornalismo impresso, não há em um blog virtual, pois se o blog começa a ser reproduzido por notícias focadas ao jornalismo, perde a sua essência – a liberdade de expressão.

"A melhor notícia não é a quese dá primeiro, mas a que se dá melhor." (Gabriel García Márquez).